domingo, 7 de junho de 2009

As Relíquias dos pensamentos de Maquiavel – Parte 2

O profeta frustrado
Ao prosseguir com minha análise das frases de Maquiavel me reconheci com esta: "...o homem que pretender em todas as partes fazer profissão de bondade, encontrará sua desgraça num mundo repleto de homens perversos"(Cap.XV, O príncipe). Dito e feito meus caros, eu sou este homem, sempre busquei criticar aquilo que acho errado no meio de pessoas que já estão acostumadas aos defeitos por mim vistos, estou sempre em busca de melhorar aquilo que não me agrada seja no comportamento de um amigo ou até no meio social que por acaso visito, mesmo não frequentando com certa assiduidade... Não sei se pode parecer utópico essa minha vontade ou certamente uma vaidade minha, mas meus caros eu tenho certeza que vocês também já se pegaram fazendo comentários críticos aos lugares que você vai, assim como também já deixaram escapar estes argumentos a aqueles que se feririam com ele.
É muito simples dizer que nunca falou mal de alguma a uma pessoa que gosta deste algo criticado por você, assim como deve ser para elas não reconhecer por outro ponto de vista que você também está certo e que ela pode vir a mudar isso, mas todos preferem sempre adimitir a sua razão e acreditar nisso cegamente. Talvez este tipo de comportamento crítico tenha me levado a cursar História, não sei, mas sempre que posso busco a parcimónia de praticar tal fato.
Um exemplo deste meu terrível costume é quando vou a uma cidade do interior baiano, que não irei citar mas creio que irá ficar quase que explícito pelo seus costumes. A cidade referida tem a cultura de voltar em candidatos de uma mesma família todos os anos, e eu sempre busquei perguntar aos habitantes o porquê de tal fato se repetir a cada eleição, já neste fato de perguntar me tornei antipático por muitos que com isto se acostumaram. Em outra situação busquei a resposta assim como critiquei o fato de eles observarem os outros como uma peça de moda ou onde compram as suas roupas, fiquei impressionado como em tempos que o quanto mais barato melhor e onde o que vale é a qualidade do produto e não a sua marca se faz desapercebido nesta cidade. Há diversos outros exemplos sobre essa mesma cidade que eu poderia citar mas agora me falha a memória.
O ato de professar o seu bem, a sua verdade que por assim dizer como sendo sua ideologia pode lhe levar a cair em desgraça a depender do poder que suas palavras venha a ter diante a verdade das pessoas que você se dirige. Não é válido para uma pessoa que busca o aumento dá sua rede social e criar vínculos amorosos seja lá o que for, buscar falar dos defeitos do outro para que ele busque a melhora se assim posso dizer.
Nessas conexões com a realidade do meu mundo que entendo cada vez mais o que Maquiavel quer dizer para os seus leitores em "O príncipe", ele busca mostrar a aqueles que querem um poder social como conquistar seu espaço maleficiando ou não os outros.

sábado, 6 de junho de 2009

As Relíquias dos pensamentos de Maquiavel – Parte 1

Os idiotas

Irei começar o meu texto com a seguinte frase deste ídolo da renascença: “... há três categorias de inteligências: uma que entende as coisas por si; outra, que se vale dos outros para entender as coisas, e, finalmente, a que não entende nem por si nem pela dos outros”(Cap. XXII, O príncipe). Deve se lembrar que o próprio Maquiavel qualifica essas categorias de inteligências com adjetivos simples como: excelente para a primeira, boa para a segunda e inútil se referindo a terceira. Com a análise desta e seguindo com a leitura de “O príncipe” eu pude notar que ele faz referência a aqueles que poderiam estar o aconselhando na formação de um estado, ou de relações interpessoais se caso formos levar isso ao nosso cotidiano de uma sociedade cada vez mais individualista. Onde criar uma rede social é muito importante para ganhar espaço e conquistar seus objetivos, em minha opinião deixo aqui de maneira muito aberta que gosto mais de manter relação com a primeira categoria de inteligência citada por Maquiavel. Agora vocês devem estar se perguntando “o porquê?!”, eu como integrante da área de pesquisa histórica necessito dos mais consagrados no que tange a buscar os meus objetivos para que assim como eles eu me consagre.
Já no que tange buscar pessoas para o controle em minha linha de subordinados, eu sempre vou atrás da segunda inteligência da categoria maquiavélica, pois é muito fácil observar que a primeira não serve para servir e sim para comandar, a terceira se designa a vegetar em seu mundo. Mas a segunda, ELA SIM!!! Entende o que você da primeira categoria quer transmitir e o obedece como as ovelhas obedecem ao seu cão pastor, para se criar um poderio e se auto intitular dono do próprio você deve se cercar de servidores obedientes, o que você pode chamar de “idiotas” para si mesmo. Em todo e qualquer meio social você é o idiota de alguém, seja uma emissora de televisão, ou seja um país comandado por corruptos que se aproveitam dos seus momentos de inércia para fazer de um país chamado Brasil cada vez mais sujo.